segunda-feira, 8 de julho de 2013

SEGUNDA ETAPA DOS TESTES

SEGUNDA ETAPA DOS TESTES

Após está primeira etapa, comecei a segunda etapa, com o objetivo de que meus alunos tenham uma aprendizagem significativa, com a perda dos conceitos espontâneos. Para isto utilizei uma sequência didática desenvolvidas por Gicoreano, J.P. e Pacca, J.L.A (2001), para  que a partir deste momento os alunos possam entender leis de reflexão e refração, a formação de imagem com espelhos e lentes, bem como chegar às construções da óptica geométrica, sem perder o significado dos procedimentos e a compreensão da natureza da luz e do processo de visão.
Segundo o autor as atividades no desenvolvimento do curso, contemplarão aspectos como: modelo de propagação da luz e do processo de visão (incluindo-se aí o funcionamento, a função do olho do observador); objetos que interferem na propagação da luz; fenômenos de desvios da trajetória da luz, e o estudo de alguns objetos ópticos específicos.
O curso desenvolvido por Gicoreano, J.P. e Pacca, J.L.A (2001), exige um teste diagnóstico, o qual já foi feito. O desenvolvimento, pede-se que se confronte os conceitos espontâneos dos alunos como os conceitos científicos, esta técnica é semelhante a descrita por Kuhn (2003), na faze da revolução cientifica onde basicamente, as atividades no período de ciência normal consiste da manipulação de teorias levando a predições que possam ser confrontadas diretamente com experiência, e do desenvolvimento de equipamentos para a verificação de predições teóricas. Ou seja, assim como no caso descrito por Kuhn, o aluno desenvolve uma série de teorias onde tenta explicar o fenômeno visto por ele.
 A teoria proposta nas atividades é causar um desconforto nas teorias espontâneas dos alunos assim como ocorre nos períodos, nos quais a ciência normal fracassa em produzir os resultados esperados. Assim, os problemas, ao invés de serem encarados como quebra-cabeças, passam a ser considerados como anomalias, gerando um estado de crise na área de pesquisa.
As atividades pedem que anteriormente seja feita uma formalização, ou seja, seja passado um conteúdo de uma forma formal, o que também pode ser considerado feito através das aulas habituais.
Desta forma, comecei a desenvolver as atividades da maneira descrita por Gicoreano, J.P. e Pacca, J.L.A. A primeira atividade, efetivamente é uma experiência simples onde se coloca os alunos em uma sala escura, e depois é realizado uma discussão, para que os alunos tentem explicar a maneira com que se enxergar, ou seja, se necessita ou não da luz para se enxergar. Logicamente sempre aparecem as resistências, para alguns é realmente possível enxergar no escuro, este fato é normal e também esperado, pois assim como o cientista normal, o aluno muitas vezes resiste e a resistência prevalece sobre as evidências de uma experiência.
Segunda atividade, o tuboscópio. Nesta experiência é chamada a atenção para a luz (propagação, independência, reflexão), a formação da imagem (e a ilusão sofrida pela pessoa) e apresentação formal das leis e conceitos associados à reflexão. Exemplos de concepções e do que acontece na prática. Esse momento em que as concepções espontâneas dos alunos sofrem um confronto intenso com a prática, pois esta sendo trabalhados a questão da propagação da luz e os efeitos do desvio da luz, antes de atingir o olho: direta (sem desvio) e indireta (reflexão) desta forma, será neste momento o ideal para o estudo da reflexão, suas regras e a questão da formação de imagens, destacando e associando de forma coerente a questão geométrica e o efeito fisiológico/psicológico da luz entrando no olho, neste momento foi interessante estudar a anatomia e fisiologia do olho que funciona como detector de luz.
A terceira atividade é chamada pescaria e tem como objetivo proporcionar um conflito com a ideia de raio visual e a visão ativa do olho; analisando os desvios que a luz sofre em certas condições, relacionando também com a reflexão. Neste momento será analisada a refração e reflexão com enfoque no caminho e desvio da luz.
Com este experimento criamos vários conflitos nos conceitos ligados ao desvio da luz ao mudar de meio e a reflexão. Estes conceitos têm como base os conceitos espontâneos, que a luz ao bater na água, ajuda a refletir o objeto colocado no fundo da água; a água daria um reflexo e objetos colocados no fundo da água, aumentaria de tamanho; a água mostra o objeto; a água reflete o objeto mais para cima, permitindo que a pessoa veja.
Acontece muitas vezes com está experiência que conceitos ligados à refração (a imagem é ampliada ou distorcida), poderão ser associados a reflexão. Devido ao fato de podermos ver imagens refletidas pela superfície da água e a própria situação, proposta pelo experimento, lembra a reflexão e não é fácil para o aluno perceber que neste caso há uma diferença, com dois meios de propagação separados (água e ar) entre o objeto e o olho. 

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