CONCEITOS
ESPONTÂNEOS
Outra
parte importante da obra a se definir seriam os conceitos espontâneos, seus
estudos e definições. Antes da década de 70 não é possível encontrar muitos
estudos sobre este assunto, logo, antes disto não era dada muita importância ao
erro e sim somente aos acertos, logicamente não estavam preocupados como as
ideias que os alunos apresentavam, ou seja, a maneira em que chegava a um
determinado resultado e somente se este resultado estava certo ou errado, está
inquietação segundo Mortimer (1996),
começa a ganhar destaque com Driver & Easley (1978), num artigo considerado
como um marco desse movimento criticavam a excessiva ênfase ao desenvolvimento
de estruturas lógicas subjacentes, o que teria levado Piaget a não dar
importância à rica variedade de ideias apresentadas pelas crianças. Estas
ideias podem ser verificadas, com uma criança, a partir do momento que começa a
falar, a criança tem uma explicação para o mundo, e se muitas vezes ela faz uma
pergunta, já é esperando uma determinada resposta que ela pode aceitar como
verdadeira dependendo da fonte que lhe fornece a resposta.
Entretanto, estudos desenvolvidos por pesquisadores
a partir de então, tem levado a conclusão que existem conceitos que são
desenvolvidos pelos alunos que tem como origem o ambiente em que o aluno está inserido,
e estes conceitos apresentam grande resistência a mudanças. Desta forma podemos
definir as Concepções Espontâneas como conceitos desenvolvidos
naturalmente pelo ser humano como o objetivo de explicar os fenômenos
apresentados pela natureza, de tal forma que não tenham relação com o ensino
formal, ou seja, são aprendidos com experiências diárias pessoais. Normalmente
estes conceitos tem sua origem na infância, como dito antes, e são
desenvolvidos de dentro para fora através de experiências e contatos com
objetos ou situações do cotidiano. Logo se os Conceitos espontâneos tem sua
origem em uma fase tão imatura e perdura por tanto tempo, a educação tem
cometido falhas ao desenvolver na criança os conceitos científicos. Logicamente
durante todo este tempo tem se desenvolvido estratégias de ensino com base
nestes estudos. Desta forma podemos fazer a seguinte estruturação.
Logo objetivo desse trabalho, pode ser também em
certo momento o contribuir para o entendimento do processo de mudança
conceitual, de tal maneira como os estudantes enfrentam um desafio às suas
concepções através da observação de um fato anômalo. Logo através deste
trabalho, pesquisarei, como a aprendizagem influencia no conjunto de concepções
dos alunos. Para isso pretendemos responder à seguinte questão: o que acontece
quando o aluno é confrontado com uma observação que contraria as suas
concepções ou teorias intuitivas, e como ele reage ao desafio que essa
observação coloca ao seu modelo explicativo. Apresentando um modelo de mudança
conceitual que, sendo simples e fácil de ser utilizado pelo professor em sala
de aula, pode ser útil para a análise do processo das mudanças conceituais que
os alunos realizam em interações de sala de aula.
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